terça-feira, 17 de agosto de 2021

Curtindo a própria companhia



 Olá, pessoas! Tudo bem?

A reflexão de hoje é sobre bastar-se, gostar de estar só, se divertir mesmo que sozinha(o).
Acho que nunca irei conseguir descrever o quanto morar em São Paulo me transformou. São tantas experiências que, por vir de onde eu vim, nem nos meus maiores sonhos ou nos meus pensamentos mais férteis eu poderia imaginar que fossem possíveis. Exemplos: trabalhar em um shopping onde um famoso pode ser cliente comum, participar de coreografias em pontos turísticos, ir ao teatro, participar da plateia de programas de TV, assistir à um programa de rádio ao vivo e direto dos estúdios, estar há alguns minutos de outros países, encontrar gringos. Tudo isso já aconteceu comigo, mas há alguns anos atrás, esses seriam os tipos de coisas que eu mesma rotularia como "coisas que só acontecem na Televisão".
E sabe o mais incrível? Eu vivi tudo isso sem precisar que alguém do meu curto círculo social me acompanhasse. E não era por não querer estar acompanhada. Três fatores contribuíram para isso:
  • Não tinha com quem - por falta de disponibilidade, por falta de dinheiro e até por falta de vontade. Nem sempre as pessoas verão certas oportunidades com o mesmo encantamento que você.
  • Se não sou eu, quem vai? - Eu não demorei muito a perceber que se eu ficasse esperando por terceiros, estacionaria meus planos, minhas vontades, curiosidades e minha vida. Comecei indo sozinha à passeios nos shoppings, parques, depois à shows, até que virei também viajante solo.
  • Pega-se gosto - o medo diminui horrores após o primeiro passo. Você agora sabe que é capaz de sair, se cuidar, se divertir, de explorar de acordo com o seu propósito, dentro do seu tempo e isso é tão libertador e revigorante que você quer sentir isso mais vezes.
Sair por aí sem ter alguém puxando pelo teu braço envolve auto responsabilidade, autoconhecimento, independência, sentimento de ser capaz, novas perspectivas e é quase impossível querer abrir mão de tudo isso. E talvez o mais interessante é que no caminho descobrimos que não estamos 100% sozinhos de verdade. Não é raro esbarrar com alguém que está ali pelo motivo e propósito em comum.

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